A mentira é uma pedra maledicente falsa e dura;
Revestida de brilhante que modifica o semblante de uma falsa criatura.
Nos ilude mascarada com seu jeito intencionada
cravando em nós um punhal...
Vai tentando converter o danoso em prazer
Para depois efervescer com sua tara animal.
É repleta de beleza, mostra-se como uma farta mesa
de iguarias sem igual,
Que aceitamos embevecidos, sedentos e iludidos
O banquete espectral,
Sem notar que é bem pequeno
E no doce tem veneno
Que vai nos fazer muito mal.
Ela soa sem mistério posando em revertério
Com a nossa ingenuidade
E ficamos à mercê dessa praga que nos vê
Com os olhos da falsidade.
Mentira é rebento fraco que já nasce colada em caco
E nas horas que executa
Corre com suas pernas curtas
Para adiante tropeçar
Na fria realidade
Cai nos braços da verdade
Que lúcida vai lhe matar.
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